Believing Planet
"O meu toque divino"
quinta-feira, 19 de maio de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
A porta fechou-se atrás de mim. A luz apagou-se... Não se ouvia nada... Silêncio. Senti a tua respiração pesada no meu cabelo, as tuas mãos nos meus ombros, o teu corpo a colar-se ao meu, mas tu não eras tu, eras outro. Foi aí que percebi que não me fazes sentir qualquer emoção. E a escuridão apoderou-se de mim... mas não me importo.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Desappear here
Tu olhas para mim e ris.
A máscara cai e tu escondes-te atrás dos ramos duma árvore.
Estamos num sítio tão alto hoje.
Empurras-me sem eu dar conta.
Eu sinto-me cair...
De repente olho o abismo lá em baixo.
Cair não é uma opção.
Tento vir para cima e agarro-me a um ramo duma árvore.
Volto a sentar-me.
Outros passam por mim sem me ver.
Ninguém me vê.
O abismo fecha-se e o sol brilha.
Eu já cai sem ter reparado.
Eu simplesmente desapareci.
A máscara cai e tu escondes-te atrás dos ramos duma árvore.
Estamos num sítio tão alto hoje.
Empurras-me sem eu dar conta.
Eu sinto-me cair...
De repente olho o abismo lá em baixo.
Cair não é uma opção.
Tento vir para cima e agarro-me a um ramo duma árvore.
Volto a sentar-me.
Outros passam por mim sem me ver.
Ninguém me vê.
O abismo fecha-se e o sol brilha.
Eu já cai sem ter reparado.
Eu simplesmente desapareci.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Tic-tac
Tenho andado muito ocupada com uma tese sobre "doces".
Precisava de mais Tempo...
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Está a dar muito trabalho e é cansativo.
Por vezes tenho vontade de mandar tudo ao ar e ir embora, mas não tenho Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Para ajudar, ontem levei um tiro no peito.
Quando olhei para mim, tinha um buraco enorme que por pouco falhou o coração.
Passou ao lado, mas deixa a parte lateral do coração quase a descoberto.
Não me desviei, não estava à espera, não era Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Quis lamber a ferida, mas não deu Tempo, tive que voltar para a tese.
Ignorei a ferida, ela há-de sarar por si, é uma questão de Tempo.
Não doi, não há Tempo para isso.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Hoje: O começo de um novo dia.
Enquanto sorria, senti o perfurar profundo vindo de trás.
Levei outro tiro, este pelas costas.
Foi certeiro num dos pulmões.
Com um pulmão ainda respiro, mas com alguma dificuldade. Levo mais Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Olhando pela frente, fico com dois buracos no peito.
De certa forma já esperava levar um tiro nas costas, já era Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Continuo sem Tempo para lamber as feridas.
Talvez ignorando, os buracos cicatrizem.
Porque a vida continua e o Tempo tudo cura.
Amanhã mais do mesmo?!
Quantos mais tiros conseguirei aguentar?!
O Tempo o dirá!
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
O Tempo esgota-se, para tudo e para todos.
Tic-tac...
Tic-tac...
Tic-tac...
O Tempo é uma bomba em forma de relógio.
Precisava de mais Tempo...
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Está a dar muito trabalho e é cansativo.
Por vezes tenho vontade de mandar tudo ao ar e ir embora, mas não tenho Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Para ajudar, ontem levei um tiro no peito.
Quando olhei para mim, tinha um buraco enorme que por pouco falhou o coração.
Passou ao lado, mas deixa a parte lateral do coração quase a descoberto.
Não me desviei, não estava à espera, não era Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Quis lamber a ferida, mas não deu Tempo, tive que voltar para a tese.
Ignorei a ferida, ela há-de sarar por si, é uma questão de Tempo.
Não doi, não há Tempo para isso.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Hoje: O começo de um novo dia.
Enquanto sorria, senti o perfurar profundo vindo de trás.
Levei outro tiro, este pelas costas.
Foi certeiro num dos pulmões.
Com um pulmão ainda respiro, mas com alguma dificuldade. Levo mais Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Olhando pela frente, fico com dois buracos no peito.
De certa forma já esperava levar um tiro nas costas, já era Tempo.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Continuo sem Tempo para lamber as feridas.
Talvez ignorando, os buracos cicatrizem.
Porque a vida continua e o Tempo tudo cura.
Amanhã mais do mesmo?!
Quantos mais tiros conseguirei aguentar?!
O Tempo o dirá!
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
O Tempo esgota-se, para tudo e para todos.
Tic-tac...
Tic-tac...
Tic-tac...
O Tempo é uma bomba em forma de relógio.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Capuchinho & Cordeiro/Lobo
Era um dia de sol e o Capuchinho Vermelho (CV) ia pelo bosque. A dada altura encontrou um cordeirinho e ficou a falar com ele. Ele tinha um pelo macio e era muito simpático. Quando reparou que já estava a anoitecer resolveu correr para casa porque tinha a avó à espera.
No dia seguinte foi ao mesmo sítio para ver se encontrava o cordeirinho. Esperou, mas o cordeirinho não apareceu. Resolveu sentar-se um pouco e comer uma maçã.
Começou a cantarolar e enquanto cantarolava aproximou-se o Capuchinho Amarelo (CA). Cumprimentaram-se e o CA. perguntou: O que fazes aqui?
CV: Vim passear.
O CA não ficou satisfeito e resolveu insistir dizendo: Que estranho. Nunca te vi por aqui... e sozinha.
O CV não queria contar que tinha visto o cordeirinho e disse: Está um dia tão bonito e resolvi vir dar um passeio e sentei-me mesmo agora para comer esta maçã.
O CA sentou-se ao pé do CV e começou a dizer: Eu costumo encontrar aqui um cordeirinho, mas que ele já não vem aqui porque se foi embora com o Capuchinho Rosa (CR). Por acaso nunca o viste?
CV: Porque me perguntas isso?
CA: Porque ele vem muitas vezes aqui. Eu preciso mesmo de saber se por acaso não o viste. Eu depois digo-te a razão.
CV: Vi.
CA: E falaram?
CV: Vi, foi isso. Porquê?
CA: Já estava desconfiada... ele anda a iludir Capuchinhos, diz o mesmo a todas.
CV: A mim não.
CA: Como não? Gosta de mim, vem ter contigo e ainda se foi embora com o CR. Sabias do CR?
CV: Não sabia, nem tenho que saber da vida do cordeirinho.
CA: É um lobo com pele de cordeiro.
E o CV resolveu ir para casa porque já era tarde e mais uma vez tinha a avó à espera.
Resumo: A partir duma certa idade já não há paciência para a história do Capuchinho.
No dia seguinte foi ao mesmo sítio para ver se encontrava o cordeirinho. Esperou, mas o cordeirinho não apareceu. Resolveu sentar-se um pouco e comer uma maçã.
Começou a cantarolar e enquanto cantarolava aproximou-se o Capuchinho Amarelo (CA). Cumprimentaram-se e o CA. perguntou: O que fazes aqui?
CV: Vim passear.
O CA não ficou satisfeito e resolveu insistir dizendo: Que estranho. Nunca te vi por aqui... e sozinha.
O CV não queria contar que tinha visto o cordeirinho e disse: Está um dia tão bonito e resolvi vir dar um passeio e sentei-me mesmo agora para comer esta maçã.
O CA sentou-se ao pé do CV e começou a dizer: Eu costumo encontrar aqui um cordeirinho, mas que ele já não vem aqui porque se foi embora com o Capuchinho Rosa (CR). Por acaso nunca o viste?
CV: Porque me perguntas isso?
CA: Porque ele vem muitas vezes aqui. Eu preciso mesmo de saber se por acaso não o viste. Eu depois digo-te a razão.
CV: Vi.
CA: E falaram?
CV: Vi, foi isso. Porquê?
CA: Já estava desconfiada... ele anda a iludir Capuchinhos, diz o mesmo a todas.
CV: A mim não.
CA: Como não? Gosta de mim, vem ter contigo e ainda se foi embora com o CR. Sabias do CR?
CV: Não sabia, nem tenho que saber da vida do cordeirinho.
CA: É um lobo com pele de cordeiro.
E o CV resolveu ir para casa porque já era tarde e mais uma vez tinha a avó à espera.
Resumo: A partir duma certa idade já não há paciência para a história do Capuchinho.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Nature Boy
There was a boy
A very strange echanted boy
They say he wandered very far, very far
Over land and sea
A little shy
And sad of eye
But very wise
Was he
And then one day
A magic day he passed my way
And while he spoke of many things, fools and kings
This he said to me
"The greatest thing
You'll ever learn
Is just to love
And be loved
In return"
"The greatest thing
You'll ever learn
Is just to love
And be loved
In return"
by Eden Ahbez (1947)
A very strange echanted boy
They say he wandered very far, very far
Over land and sea
A little shy
And sad of eye
But very wise
Was he
And then one day
A magic day he passed my way
And while he spoke of many things, fools and kings
This he said to me
"The greatest thing
You'll ever learn
Is just to love
And be loved
In return"
"The greatest thing
You'll ever learn
Is just to love
And be loved
In return"
by Eden Ahbez (1947)
terça-feira, 27 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Saudades do Castelo
Desde que deixei o castelo que a minha vida não é a mesma...
Eu sou um gato com classe...
Eu deveria ser tratado como um príncipe ou mesmo como um rei.
Mas as pessoas não sabem reconhecer um verdadeiro Senhor, salvo seja, Gato!
Eu a querer entrar num restaurante de última categoria e não me deixam... Acham isto normal?!
Eu não me dou por vencido, vou tentar outra vez...
- Desculpe, mas creio que se equivocou... Eu pretendo fazer uma refeição no seu estabelecimento, a qual posso pagar.
Este homem não pode estar bem... Diz que aqui não entram gatos.
- Eu não sou um gato qualquer. Sou...
Interrompeu-me para me dizer que não lhe interessa que tipo de gato sou.
Sinto o pelo a eriçar... puxo dos bigodes e avanço.
Trava-me com uma vassoura e chama-me "Gato parvo"
- Parvo com certeza, porque não sou de grande porte. Como o Senhor sabe parvo vem do latim parvus que significa pequeno.
Olha para este marmelo... virou-me as costas, deixou-me a falar sozinho e ainda me fechou a porta na cara.
É o que eu digo, esta gente não tem porte. Não querem aprender, não são educados e não são civilizados.
Meu belo castelo... acho que vou voltar...
Prefiro a princesa que é dramática, mas sabe estar.
Eu sou um gato com classe...
Eu deveria ser tratado como um príncipe ou mesmo como um rei.
Mas as pessoas não sabem reconhecer um verdadeiro Senhor, salvo seja, Gato!
Eu a querer entrar num restaurante de última categoria e não me deixam... Acham isto normal?!
Eu não me dou por vencido, vou tentar outra vez...
- Desculpe, mas creio que se equivocou... Eu pretendo fazer uma refeição no seu estabelecimento, a qual posso pagar.
Este homem não pode estar bem... Diz que aqui não entram gatos.
- Eu não sou um gato qualquer. Sou...
Interrompeu-me para me dizer que não lhe interessa que tipo de gato sou.
Sinto o pelo a eriçar... puxo dos bigodes e avanço.
Trava-me com uma vassoura e chama-me "Gato parvo"
- Parvo com certeza, porque não sou de grande porte. Como o Senhor sabe parvo vem do latim parvus que significa pequeno.
Olha para este marmelo... virou-me as costas, deixou-me a falar sozinho e ainda me fechou a porta na cara.
É o que eu digo, esta gente não tem porte. Não querem aprender, não são educados e não são civilizados.
Meu belo castelo... acho que vou voltar...
Prefiro a princesa que é dramática, mas sabe estar.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
"Le rogó a Dios que le concediera al menos un instante para que él no si fuera sin saber cuánto lo había querido por encima de las dudas de ambos, y sintió un apremio irresistible de empezar la vida con él otra vez desde el principio para decirse todo lo que se les quedó sin decir, y volver a hacer bien cualquier cosa que hubieran hecho mal en el pasado."
by Gabriel García Márquez
in El amor en los tiempos del cólera
by Gabriel García Márquez
in El amor en los tiempos del cólera
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