quarta-feira, 23 de junho de 2010

E...

E afinal era tudo mentira...
Sim! Mentira!
Eu, um gato bonito e cheio de charme, aldrabado assim... Não pode ser!
Passo a mão pelos meus bigodes e entro no Castelo.
Esta princesa vai ouvir poucas e boas.
Tenho que ter cuidado... estes ranhosos destes guardas estão sempre de olho aberto.
Lá vai a malandra.
Vou segui-la!
Ah! vais cantando para o quarto... já te caço...
Entro-lhe dentro do quarto, cruzo os braços e encho o peito de ar para começar a falar.
Ela não deixa...
Fo#$%&$#%%$!!! Esta gaja não se cala!
Parece que ligou o turbo e as palavras lhe saem todas ao mesmo tempo da boca.
Já me perdi!
Interrompo-a.
Digo-lhe que já não me pode voltar a usar para mandar mensagens ao príncipe.
Ainda está admirada, mas que lata. Quer saber a razão dum afronto destes.
Vou dizer-lhe. Vi-a aos beijos com o coveiro.
O príncipe rico, loiro, de olhos azuis e a tipa com o coveiro que tem as mãos cheias terra até ao sabugo e vazias...
Não se entende.
Começou a blasfemar numa língua qualquer.
Chora... grita... salta... chora outra vez... ri.... e por fim cai na cama.
Nem quero perceber o que se passa.
Não tenho paciência para melodramas baratos.
Vou sair e deixa-la sozinha para ver se aclara as ideias.
Eu sou um gato giro, com a agenda preenchida, não tenho paciência para psicoses humanas...
Porque afinal era tudo mentira...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Roma